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Que tal testar as novas regras do golfe? Veja onde praticar o esporte em grande estilo sem sair do Brasil

Campo Olímpico de Golfe do Rio, um dos poucos legados da competição realizada na cidade, em 2016.

Os amantes do golfe ganharam neste ano um incentivo extra para praticar a modalidade. Após dois anos de estudos, novas regras finalmente entraram em vigor, com o objetivo de simplificar o esporte e, principalmente, torná-lo mais dinâmico. “O jogo se tornou mais amigável e mais rápido”, diz Abilio Junior, head professional do Gavea Golf and Country Club, no Rio, um dos mais belos e restritos clubes do gênero no país.

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Ainda pouco conhecido do grande público no Brasil, o golfe costuma atrair celebridades, sobretudo de outros esportes. O americano Kelly Slater, uma lenda do surf profissional, é um dos que podem ser vistos de vez em quando arriscando algumas tacadas no Gavea Golf.

Gavea Golf, no Rio, é um dos mais tradicionais e restritos clubes da modalidade no país. - Imagem: Divulgação

“Quando ele (Slater) tem compromissos ou competições no Rio, às vezes passa lá”, revela Junior. O ex-namorado da mega top model Gisele Bündchen “é um bom jogador”, garante o especialista.

A lista de esportistas famosos que gostam de golfe conta ainda, por exemplo, com os ex-jogadores de futebol Ronaldo Fenômeno e Kaká. No mundo financeiro, Fernando Pinto de Moura, conselheiro do Banco Alfa, e Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, são conhecidos praticantes da modalidade.

Para ser sócio do Gavea Golf, é preciso indicação de no mínimo três sócios com mais de cinco anos de casa. - Imagem: Divulgação

Fraga, inclusive, frequenta o Gavea Golf, um clube cercado de charme e tradição, que já recebeu a visita do príncipe de Gales Edward, na década de 30, e cuja origem data de 1921. Hoje, para integrar o seleto quadro de associados do Gavea Golf, não basta estar disposto a desembolsar por volta de R$ 100 mil por um título. É necessária a indicação de no mínimo três sócios com mais de cinco anos de casa.

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Celebridades de outros esportes que amam o golfe costumam visitar o Gavea, como o surfista americano Kelly Slater. - Imagem: Divulgação

Outra referência no Rio é o Itanhangá Golf Club, na Barra da Tijuca, criado em 1933 e que já teve o presidente Getúlio Vargas entre os frequentadores.

A ligação do esporte com a cidade maravilhosa, portanto, é antiga – e se fortaleceu em 2016, ano em que a cidade sediou as Olimpíadas. Foi justamente nessa edição dos Jogos que o golfe retornou como esporte olímpico, após 112 anos!  “Isso trouxe uma divulgação que até então não havia no país”, afirma o presidente da Confederação Brasileira de Golfe (CBG), Euclides Gusi. “O Brasil contou com três atletas no evento (Adilson da Silva, Miriam Nagl e Victoria Lovelady), nenhum deles convidado, mas sim por méritos.”

Um dos poucos legados da competição para o Brasil foi o Campo Olímpico de Golfe, inaugurado no fim de 2015, na Barra, e que traz a marca do arquiteto americano Gil Hanse.

Campo Olímpico de Golfe do Rio fica na Barra da Tijuca e é considerado um dos melhores da América Latina. - Imagem: Fabiano Espinola

A crise financeira vivida pelo país nos anos seguintes, no entanto, minou os patrocínios, realidade que Gusi espera que mude daqui para frente, diante da expectativa de retomada no crescimento econômico e com o novo regulamento do golfe. Ao mirar em mudanças que, na prática, aumentam a velocidade das partidas, as novas regras trouxeram também um benefício comercial, lembra Gusi: ampliar as chances de que haja, por exemplo, a transmissão de um jogo pela TV.

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Até o ano passado, o tempo médio de uma partida de golfe com 18 buracos era de aproximadamente quatro horas. Agora, espera-se que esse intervalo caia em 30 minutos. Ainda assim, exigiria do expectador o mesmo que assistir, por exemplo, a dois jogos inteiros de futebol na sequência, já incluindo o tempo extra normalmente aplicado pelos juízes. A aposta, porém, está nas disputas de golfe em campos menores, com 9 buracos, o que levaria de uma hora a 90 minutos, em média, considerando os critérios de jogo em vigor.

Vista área do Campo Olímpico de Golfe do Rio, quando que recebeu a modalidade nos Jogos após um intervalo de 112 anos. - Imagem: Gustavo Garrett

“Aí já começa a ficar equivalente ao tempo de ir à academia de ginástica ou praticar natação, por exemplo. É algo que pode ser encaixado no começo ou fim do dia das pessoas”, observa Gusi, da CBG. “A expectativa é usar esse momento de mudança de governo federal, com perspectivas econômicas mais sólidas, para trabalhar junto a empresas dispostas a apoiar ou patrocinar o golfe.”

Atualmente, o país conta com cerca de 9 mil jogadores que participam de eventos oficiais e algo como 6 mil praticantes por lazer, segundo dados da CBG. Além de clubes – sendo o São Paulo Golf Club, em Santo Amaro, o mais antigo do país (fundado no fim do século XIX) –, o esporte pode ser praticado em campos abertos ao público, como o Olímpico, no Rio, e o da Federação Paulista de Golfe, que fica próximo ao aeroporto de Congonhas, na capital.

Mapa score do Campo Olímpico de Golfe, que além dos Jogos Olímpicos já recebeu torneios como o Aberto do Brasil e o Aberto do Estado do Rio - Imagem: Divulgação

A Federação Paulista tem um campo executivo de 9 buracos, mas que simula os obstáculos de uma área oficial, com bancas de areia, lago, árvores e “greens” (área onde fica o buraco e a bandeira) ondulados. Considerado ideal para tacadas curtas, o local tem como diferencial ficar aberto até as 22h todos os dias da semana, e até as 20h aos sábados, domingos e feriados. O green fee de uma partida de 18 buracos (no caso, duas voltas) varia de R$ 46 a R$ 62 e, no caso de 9 buracos, de R$ 40 a R$ 46. Não há cobrança para o empréstimo de tacos.

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Campo executivo da Federação Paulista de Golfe, próximo ao Aeroporto de Congonhas, na capital. - Imagem: Divulgação

Como quase todo o equipamento de golfe é importado, quem quiser adquirir artigos específicos precisa encomendar. Um jogo completo masculino da modalidade, com 9 tacos e acessórios, custa em média R$ 2 mil, mas a conta pode facilmente atingir R$ 10 mil, dependo da quantidade de itens e da marca. “A vantagem é a durabilidade, em geral de quatro a cinco anos”, afirma Gusi, da CBG.

Para saber mais*

www.gaveagolfclub.com.br

www.itanhanga.com.br

www.rioogc.com.br

www.cbg.com.br

www.fpgolfe.com.br/ce

www.spgc.com.br

*Informações de referência, não se tratando de indicações dos produtos ou serviços.

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