O Santander Brasil conseguiu entregar um lucro acima das expectativas do mercado por mais um trimestre. Mas os resultados de certa forma não chegaram a surpreender os analistas que acompanham o banco.
O banco registrou lucro líquido de R$ 3,635 bilhões, uma alta de 20,2% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
Do lado positivo, os analistas destacaram o resultado da margem financeira - linha do balanço que contabiliza as receitas com crédito e tesouraria, descontados os custos de captação.
Chamou a atenção, porém, a desaceleração do Santander no crédito, em um momento que os principais concorrentes privados estão no sentido oposto.
Na bolsa, os investidores receberam bem os números. Por volta das 11h35, as units (recibos de ações) do Santander (SANB11) eram negociadas em alta de 0,94%, cotadas a R$ 47,11. Confira também nossa cobertura de mercados hoje. Leia a seguir as principais impressões dos analistas sobre os resultados:
Bradesco BBI: "boas margens, enquanto GetNet tropeça"
Recomendação: neutra
Preço-alvo: R$ 52,00
"Chamou a nossa atenção as menores receitas com tarifas na comparação trimestral com cartões de crédito e no negócio de adquirência, com a desaceleração acentuada no crescimento da GetNet."
"No geral, o banco registrou um bom trimestre, embora o resultado já pareça refletido no preço [da ação]."
BTG Pactual: "No fim do dia, um bom trimestre"
Recomendação: neutra
Preço-alvo: R$ 52,00
"Os números do segundo trimestre trouxeram uma desaceleração em relação os anteriores, mas de um modo geral nós enxergamos o trimestre como saudável."
"Embora as ações do Santander não estejam entre as nossas preferências no setor, gostaríamos de reforçar nossa visão positiva para as ações dos bancos brasileiros nos próximos 3 a 6 meses."
Safra: "Bom como esperado, sem grandes surpresas"
Recomendação: neutra
Preço-alvo: R$ 53,00
"Os resultados refletem as receitas originadas da estratégia agressiva do Santander, o forte crescimento da carteira de crédito em pessoas físicas e financiamento ao consumo. Por outro lado, a taxa de crescimento do crédito mostrou leve desaceleração em relação aos trimestres anteriores (o que nos atribuímos à base de comparação mais forte)."