Para o Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), a probabilidade de encontrar sobreviventes do rompimento da barragem na Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, é muito baixa.
"Sabemos que a partir de agora as chances são mínimas. Muito provavelmente iremos resgatar somente corpos", lamentou o governador mineiro.
Até o momento, já foram encontrados sete mortos, mas aproximadamente 150 pessoas estão desaparecidas. Nove foram resgatados com vida e estão sendo atendidos.
A prioridade das forças de resgate agora é acompanhar o estado de uma outra barragem na mesma mina, que não se rompeu. "Vamos ver se ela continua segura e tomar todas as medidas necessárias", pontuou Zema.
Apesar do cenário desolador, Zema acredita que a situação está sob controle e não é necessário reforço do governo federal ou de outros estados. "Temos recebido várias propostas de ajuda de outros estados e do governo federal, o que agradecemos muito, mas no momento nossa força-tarefa tem sido o suficiente. Vamos sim, precisar de ajuda, muito provavelmente, a partir de segunda-feira, com cães farejadores para resgatar os corpos", afirmou.
O governador de Minas também disse que, apesar de guardar semelhanças claras com a tragédia em Mariana de 2015, o novo acidente na mina da Vale tem características diferentes. "É um vazamento com um número maior de vítimas, mas um alcance territorial menor", explicou ele.
Sem responder às perguntas dos repórteres presentes, Zema encerrou seu pronunciamento dizendo que não é a hora de apontar culpados "Neste momento não estamos apurando causas. Este não é o foco. Estamos fazendo o atendimento aos afetados", completou.
As buscas ainda continuam. 200 agentes do Corpo de Bombeiros são esperados nesta madrugada de sábado (26) para auxiliar nas buscas.