Um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que mais da metade dos entrevistados colocou que a principal meta financeira para o ano que se inicia é juntar dinheiro (51%). Em seguida, está sair do vermelho (37%). Mesmo sentindo os reflexos da crise econômica, sete em cada dez entrevistados estão mais otimistas com o cenário econômico e acreditam que a sua vida financeira será melhor neste ano.
O percentual de pessoas que disseram que a vida deve piorar foi de apenas 8%. Já as pessoas que acham que vai ficar igual é de 6%. Ainda que estejam mais positivos, os entrevistados comentaram que a crise deve continuar a impactar no dia a dia. Mas boa parte das pessoas (51%) pretendem se organizar ou controlar melhor as contas da casa para evitar efeitos nocivos no orçamento.
Maiores receios
Mesmo que mais pessoas estejam dispostas a se planejar, os entrevistados ainda têm alguns receios. No topo da lista de maiores temores para vida financeira em 2019 estão o não pagamento de contas (61%), seguido pela não capacidade de conseguir guardar dinheiro (45%). Na sequência, estão abrir mão de determinados confortos no dia a dia (34%), não obter um emprego (28%) e perder o trabalho (20%).
O ano que se passou de fato não foi fácil. Porém, o levantamento mostrou também que 61% dos entrevistados conseguiram colocar em prática ao menos algum projeto que haviam planejado para 2018. Dentre os projetos, o ato de fazer uma reserva financeira aparece na terceira posição com apenas 15%. Quando questionados sobre os motivos para não realizar tais tarefas, a maioria (53%) justificou a falta de dinheiro como o maior motivo. Já outros impeditivos foram os preços altos para 50% dos entrevistados e o desemprego (33%).
Mas 94% das pessoas não conseguiram concretizar algum projeto que haviam planejado em 2018. Dentre as maiores dificuldades estão juntar dinheiro (33%), quitar contas atrasadas (25%) e adquirir ou reformar a casa (25%).
O estudo foi feito com 702 pessoas entre 27 de novembro e 10 de dezembro de 2018, em todas as regiões brasileiras. A margem de erro da pesquisa é de 3,7 pontos percentuais para um intervalo de confiança de 95%.