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‘Fiz uma excelente proposta, não aceitaram’, diz Bolsonaro sobre policiais na reforma

Presidente da República, Jair Bolsonaro durante coletiva em Brasília

Criticado pela falta de esforço em prol da reforma da Previdência, o presidente Jair Bolsonaro atuou para suavizar as regras de aposentadoria para agentes das Polícias Federal, Rodoviária Federal e Legislativa. Líderes de partidos alinhados ao governo confirmaram que Bolsonaro os procurou para um acordo.

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O presidente admitiu que sugeriu mudanças para a aposentadoria de policiais que servem a União no texto da reforma da Previdência. Mas disse que a proposta não foi acatada pela categoria

"Eu fiz uma excelente proposta, não aceitaram. Agora vai para o voto", lamentou ao ser questionado se teria feito alguma orientação sobre o assunto, como informado por líderes da Câmara.

A proposta feita pelo governo deixava a idade mínima em 53 anos (homem) e 52 anos (mulher). A versão do texto também dava direito ao último salário da carreira (integralidade) e paridade de reajuste com oficiais da ativa, desde que fosse cumprido um pedágio de 100% sobre o tempo que faltasse trabalhar.

O presidente completou dizendo que o problema é que ninguém quer perder nada e voltou a afirmar que todos têm que dar sua contribuição.

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No texto original, apresentado em fevereiro, a categoria passaria a ter uma idade mínima de 55 anos para a aposentadoria da categoria, com 30 anos de contribuição. As exigências haviam sido mantidas no parecer de Samuel Moreira, lido na Comissão Especial na última quarta-feira.

Na versão desta quinta-feira (4), não há idade mínima a aposentadoria de policiais federais, somente a exigência de tempo de contribuição: 30 para homens e 25 para mulheres.

Ao comunicar o fracasso das negociações, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que uma concessão a policiais poderia gerar efeito cascata. “Bolsonaro deve ter ligado para parlamentares. É legítimo achar que um bom acordo é melhor que o confronto.”

*Com Estadão Conteúdo 

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