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Mudança de planos

Presidente da Caoa diz que compra de fábica da Ford é ‘remota’

Quando anunciou, em fevereiro, que fecharia a fábrica, a Ford tinha cerca de 2,8 mil funcionários. Parte deles tinha esperança de manter-se no emprego caso a Caoa efetuasse a compra

Estadão Conteúdo
11 de dezembro de 2019
7:40 - atualizado às 7:42
Ford
Ford - Imagem: shutterstock

Após quase dez meses de negociações, o presidente do conselho administrativo do Grupo Caoa, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, disse nesta terça-feira, 10, que segue buscando parcerias para comprar a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, mas admitiu que as chances de o negócio se concretizar são "remotas".

Sem obter financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o negócio - avaliado entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões -, o executivo brasileiro passou a negociar com grupos chineses interessados em atuar no mercado brasileiro. Ele informou que, neste ano, esteve 15 vezes na China, a última delas no mês passado, mas não obteve ainda um acordo concreto. Acrescentou que a aquisição da Ford "seria uma grande empreitada."

"Estou conversando com três empresas chinesas e pelo menos uma delas já disse que quer produzir carros no Brasil", afirmou, embora a parceria, se confirmada, pode não envolver a fábrica da Ford, que no mês passado suspendeu todas as suas operações na área de produção.

Segundo ele, os chineses, inclusive, estariam dispostos a uma parceria em que a empresa brasileira ficaria com 51% das ações, ou seja, teria o controle majoritário do negócio.
O grupo fundado por Caoa há 40 anos já detém 50% de outra montadora chinesa, a Chery, com fábrica em Jacareí (SP), além de produzir, sob licença, alguns modelos da coreana Hyundai em Anápolis (GO).

Caoa não quis citar datas para novos encontros com a Ford ou com prováveis parceiros. "Não quero falar mais nada para não criar expectativa entre os trabalhadores e com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC", disse.

Quando anunciou, em fevereiro, que fecharia a fábrica, a Ford tinha cerca de 2,8 mil funcionários. Parte deles tinha esperança de manter-se no emprego caso a Caoa efetuasse a compra. Um crime. Em encontro com jornalistas em São Paulo na terça-feira, o empresário citou que seria "um crime fechar uma fábrica como aquela, que tem bons equipamentos".

De acordo com ele o BNDES informou não ter linhas de crédito para aquisição de fábricas, apenas para novos projetos de desenvolvimento de produtos e modernização, que só poderiam ser apresentados após a aquisição.

Caoa também buscou aportes junto ao Banco de Desenvolvimento da China, seguindo sugestão do secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, mas a instituição financeira só está disposta a emprestar dinheiro para empresas chinesas que queiram investir no País e não a grupos brasileiros.

Em operação há 52 anos, a unidade da Ford Taboão, como era conhecida, produzia caminhões e o automóvel Fiesta quando o grupo anunciou a decisão da matriz americana pelo fechamento, já que a operação era deficitária. A ordem era manter apenas a unidade de Camaçari (BA), onde são produzidos os modelos Ka e EcoSport, e a fábrica de motores em Taubaté (SP).

Logo após o anúncio, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se ofereceu para buscar um comprador e começaram as negociações com três grupos, segundo ele, mas a única a prosperar foi com o Caoa.

Em setembro, o governador anunciou que a Ford e a Caoa haviam chegado a um "bom entendimento" e que a conclusão da compra ocorreria em duas etapas. A primeira delas, num prazo de até 45 dias, seria a realização de uma due diligence para verificar condições da fábrica e produtos a serem produzidos. A segunda seria o acerto de valores, mas, desde então, as negociações não avançaram.

Nos bastidores do Palácio dos Bandeirantes já não se conta mais com a transação. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que chegou a negociar contratações e salários com Caoa, está desanimado. A entidade informa, porém, que o serviço de manutenção em equipamentos feito antes de encerrar as operações permitem que a produção de caminhões possa ser retomada em até seis meses (abril) e a de carros em até três anos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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