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Com e-commerce voando, Magazine Luiza surpreende positivamente e lucra R$ 235,1 milhões no 3º trimestre

Fachada do Magazine Luiza, concorrente de Via e Americanas

Com ações despencando, o que esperar da varejista e suas concorrentes? É o fim?

Se no pregão desta terça-feira (29) o mercado questionava capacidade do Magazine Luiza de seguir turbinando seus negócios, essa dúvida se desfez com o balanço publicado após o fechamento da bolsa. A varejista confirmou sua posição de queridinha do mercado ao apresentar um lucro líquido de R$ 235,1 milhões no terceiro trimestre de 2019, um alta de 96,65% na comparação com o mesmo período do ano passado. O valor considera efeitos da norma contábil IFRS 16.

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Mesmo desconsiderando a IFRS 16 e o ganho de R$ 250 milhões por uma vitória na Justiça, o lucro líquido ajustado da companhia fechou o trimestre em R$ 136,3 milhões, uma alta de 12,7% na comparação anual.

Para você ter uma ideia da surpresa, os analistas de mercado projetavam uma estabilidade no lucro líquido ajustado do Magalu. Pela Bloomberg, as projeções giravam em torno dos R$ 114 milhões, enquanto que as prévias Broadcast apontavam para um resultado positivo de R$ 119 milhões.

A receita líquida da companhia também veio forte, subindo 32,5% ante o terceiro trimestre de 2018 e fechando em R$ 4,864 bilhões. O resultado ficou acima das projeções de mercado (R$ 4,657 bilhões).

Já no quesito geração de caixa, a empresa decepcionou. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 7% ano a ano e atingiu a marca dos R$ 300,7 milhões, abaixo das projeções de R$ 349,5 milhões e R$ 319,3 milhões da Bloomberg e da Broadcast, respectivamente.

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A despesa financeira líquida ajustada totalizou R$ 93,9 milhões, ou 1,9% da receita líquida. O parâmetro apresentou melhoria no trimestre mesmo considerando a aquisição da Netshoes (finalizada em junho deste ano) e o aumento de investimentos.

E-commerce voando

Não se pode negar a expressiva participação do comércio eletrônico nos resultados do Magalu no terceiro trimestre. As vendas do e-commerce cresceram 96,0% no período, muito acima da evolução do mercado como um todo (de 24,7%), e foram responsáveis por 48,3% das vendas totais da companhia. De acordo com a diretoria da empresa, em setembro o e-commerce representou mais da metade das vendas totais pela primeira vez na história.

Grande parte desse desempenho veio pelo crescimento de 300,3% do marketplace do Magalu, que contribuiu com vendas adicionais de R$ 853,7 milhões. E a empresa quer mais: em setembro, a diretoria anunciou frete grátis nas compras feitas por marketplace, em resposta às ofensivas da Amazon no mercado nacional.

De acordo com o balanço, em apenas três meses a empresa ganhou mais de 3 mil novos vendedores. No total, são mais de 11 mil parceiros espalhados pelo Brasil.

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Estratégia certeira

Os resultados trimestrais mostram que a estratégia multiplataforma do Magazine Luiza vem dando certo. Com 1039 lojas físicas espalhadas por 18 estados do Brasil (126 a mais do que no mesmo período do ano passado), a empresa também viu seu aplicativo para smartphones ganhar status de "Superapp" após a inclusão dos dispositivos da Netshoes, Zattini e Época Cosméticos. No total, já são 14 milhões de usuários ativos mensais na plataforma.

Falando em Netshoes...

Os números mostram que a batalha travada contra a Centauro pela Netshoes valeu (e muito) a pena. Quatro meses após a aquisição, a Netshoes conseguiu retomar o crescimento de vendas e, segundo o balanço, está próximo de alcançar o equilíbrio na margem Ebitda.

A diretoria afirma em carta que a integração de ambos os negócios "vem ocorrendo em ritmo acelerado, com quase 40 grupos de trabalho encarregados de analisar, escolher e ajudar a implantar as melhores práticas". Em termos de vendas, a Netshoes fechou o trimestre com saldo de R$ 704,8 milhões.

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