O presidente Jair Bolsonaro demonstrou satisfação com as manifestações em defesa do governo neste domingo. Ao chegar ao Palácio da Alvorada após viagem ao Rio, ele desceu do carro e cumprimentou apoiadores.
"Não houve nenhum incidente. Foram pedir aquilo que todos querem: paz, democracia, liberdade, responsabilidade. Vamos negociar o futuro dessas crianças", disse o presidente. No local, algumas crianças estavam acompanhadas dos pais.
Perguntado sobre a quantidade de pessoas nas ruas, o presidente declarou que as "imagens valem mais do que mil palavras", e ainda foi questionado se sua fala anterior sobre "velhas práticas" era um recado ao Congresso. "Pergunta para o povo", comentou.
Bolsonaro rejeitou classificar os atos como "protestos". "Não teve protesto nenhum", disse. Quando perguntado sobre as "manifestações", mandou um recado à imprensa dizendo que os jornalistas estavam "aprendendo" a falar com ele.
Em sua conta oficial no Twitter, o presidente afirmou que a maioria da população "foi às ruas com pautas legítimas e democráticas".
Acredito que o Brasil caminha cada vez mais para o amadurecimento de sua democracia, com representantes sensíveis aos anseios da sociedade. O caráter pacífico dos atos de hoje traduz a esperança e a confiança do povo no compromisso que nós políticos temos com o futuro do país.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 26, 2019
O presidente não participou das manifestações e também orientou ministros a não aderirem. Mais cedo, Bolsonaro havia postado vídeos de atos que aconteceram nas cidades do Rio de Janeiro, São Luís e Juiz de Fora (MG).
Apesar das afirmações do presidente, ao menos em Brasília e no Rio foram observados manifestantes pedindo o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). Faixas e cartazes também pediam a instauração da CPI da Lava Toga, uma comissão parlamentar de inquérito para investigar o "ativismo judicial" em tribunais superiores.