Frustração com crescimento já está no preço da bolsa, foco segue nas reformas
Produção industrial decepciona e PIB do 1º trimestre deve ser negativo. Mercado vai pedir, mas Banco Central não deve cortar juros tão cedo
A decepção com uma firme retomada do crescimento agora em 2019 não é algo novo, mas não deixa de causar surpresa a cada indicador divulgado. O desta sexta-feira foi a produção industrial, com queda de 1,3% em março, contra expectativas de retração de 0,6% a 0,8%. Mas como isso afeta os nossos investimentos?
Para ajudar nessa avaliação, conversei com o CIO da SRM Asset, Vicente Matheus Zuffo, que acredita que parte dessa frustração já mostrou certo impacto no Ibovespa, que depois de testar a linha dos 100 mil pontos em março, continua patinando na linha dos 95 mil a 96 mil pontos, um desconto de 5% da máxima.
Zuffo avalia que os empresários da indústria e do varejo já sabiam dessa fraqueza lá em março e também relatam que abril não estava indo bem. Daqui para frente, diz o especialista, o componente expectativas segue ditando o ritmo do mercado e as reformas são o ponto principal.
No mercado de juros, Zuffo chama atenção para a queda dos contratos futuros, mas avalia que o Banco Central não deve ceder a novas pressões do mercado por Selic abaixo dos atuais 6,5% ao ano.
Dois motivos embasam sua avaliação. Primeiro, o Federal Reserve (Fed), banco central americano, deixou claro que não pretende cortar juros apesar da pressão do mercado por lá, pois avalia que a inflação baixa é um fenômeno temporário.
Aqui, o quadro está no sentido inverso, com o nosso BC vendo choques de alta preços acontecerem, mesmo que temporários. Temos, no curto prazo, bandeira amarela para preço de energia e uma contratada inflação do complexo de carnes no IPCA em função gripe suína na Ásia.
Leia Também
Mesmo sendo um choque temporário, Zuffo avalia que o BC acaba ficando sem margem para cortar. Assim, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve esperar alguns meses para avaliar não só o comportamento da atividade, mas se a inflação terá, de fato, a esperada trajetória de baixa.
PIB negativo?
Segundo Zuffo, o dado de produção industrial foi muito ruim e a decomposição do indicador, entre bens de consumo, de capital e duráveis também é desanimadora. Anualizando a baixa trimestral de 0,7%, temos uma expressiva queda de 2,7%.
Tal resultado vai promover uma nova rodada de revisões para baixo no Produto Interno Bruto (PIB) do ano, de uma faixa de 1,5% a 2%, para 1% e 1,5%. O Focus está com mediana de 1,7%.
Para Zuffo, uma variação negativa do PIB no primeiro trimestre não está contratada, mas é um evento bem possível. O resultado do período vai depender de componentes mais difíceis de serem estimados como estoques e setor externo (importações e exportações).
Caça ao tesouro (Selic): Ibovespa reage à elevação da taxa de juros pelo Copom — e à indicação de que eles vão continuar subindo
Copom elevou a taxa básica de juros a 12,25% ao ano e sinalizou que promoverá novas altas de um ponto porcentual nas próximas reuniões
É hora de ser conservador: os investimentos de renda fixa para você se proteger e também lucrar com a Selic em alta
Banco Central aumentou o ritmo de elevação na taxa básica de juros, favorecendo os investimentos atrelados à Selic e ao CDI, mas investidor não deve se esquecer de se proteger da inflação
Selic vai a 12,25% e deixa renda fixa conservadora ainda mais atrativa; veja quanto rendem R$ 100 mil na sua reserva de emergência
Copom aumentou a taxa básica em mais 1,00 ponto percentual nesta quarta (11), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas
No adeus de Campos Neto, Copom pisa mais fundo no acelerador, eleva Selic para 12,25% e indica taxa acima dos 14% no ano que vem
Trata-se da terceira elevação da taxa desde o final do ciclo de corte nos juros, em setembro. E novos ajustes da mesma magnitude devem ocorrer nas próximas reuniões
Encontros e despedidas: Ibovespa se prepara para o resultado da última reunião do Copom com Campos Neto à frente do BC
Investidores também aguardam números da inflação ao consumidor norte-americano em novembro, mas só um resultado muito fora da curva pode mudar perspectiva para juros
Por que os R$ 70 bilhões do pacote de corte de gastos são “irrelevantes” diante do problema fiscal do Brasil, segundo o sócio da Kinea
De acordo com Ruy Alves, gestor de multimercados da Kinea, a desaceleração econômica do Brasil resultaria em uma queda direta na arrecadação, o que pioraria a situação fiscal já deteriorada do país
Campos Neto dá adeus ao BC, mas antes deve acelerar a alta dos juros e Selic pode ficar acima dos 12% ao ano; confira as previsões para o Copom
A principal expectativa é por uma alta de 0,75 ponto percentual na taxa, mas os especialistas não descartam um desfecho alternativo e ainda mais restritivo para a reunião de hoje
Ibovespa aguarda IPCA de novembro enquanto mercado se prepara para a última reunião do Copom em 2024; Lula é internado às pressas
Lula passa por cirurgia de emergência para drenar hematoma decorrente de acidente doméstico ocorrido em outubro
Os juros vão subir ainda mais? Quando a âncora fiscal falha, a âncora monetária precisa ser acionada com mais força
Falta de avanços na agenda fiscal faz aumentar a chance de uma elevação ainda maior dos juros na última reunião do Copom em 2024
Felipe Miranda: Histerese ou apenas um ciclo — desta vez é diferente?
Olhando para os ativos brasileiros hoje não há como precisar se teremos a continuidade do momento negativo por mais 18 meses ou se entraremos num ciclo mais positivo
Nova máxima histórica: Dólar volta a quebrar recorde e fecha no patamar de R$ 6,08, enquanto Ibovespa sobe 1% na esteira de Vale (VALE3)
A moeda chegou a recuar mais cedo, mas inverteu o sinal próximo ao final de sessão em meio à escalada dos juros futuros por aqui e dos yields nos Estados Unidos
Apostas em alta de 1 ponto na Selic dominam mercado de opções da B3 e taxas de Tesouro IPCA+ voltam a superar os 7% antes do Copom
Vale relembrar que, até a semana passada, a aposta dominante já era de que o Copom acelerasse o ritmo de aperto, mas para 0,75 ponto percentual
Fundo imobiliário KNCR11 vai pagar dividendos menores em dezembro, mas cotas sobem; entenda o que anima o mercado
A diminuição da distribuição dos proventos pelo KNCR11 já era esperada pelos cotistas; o pagamento será depositado ainda nesta semana
Um alerta para Galípolo: Focus traz inflação de 2025 acima do teto da meta pela primeira vez e eleva projeções para a Selic e o dólar até 2027
Se as projeções se confirmarem, um dos primeiros atos de Galípolo à frente do BC será a publicação de uma carta pública para explicar o estouro do teto da meta
Atualização pela manhã: desdobramentos da guerra na Síria, tensão no governo francês e expectativas com a Selic movimentam bolsas hoje
A semana conta com dados de inflação no Brasil e com a decisão sobre juros na próxima quarta-feira, com o exterior bastante movimentado
Agenda econômica: IPCA, IBC-BR e decisão do Copom sobre os juros dominam a semana
A agenda da semana conta ainda com a decisão de política monetária na zona do euro, relatório mensal da Opep e CPI nos EUA
Não é renda fixa, mas ‘surfa’ a Selic alta: fundo imobiliário pode aumentar os dividendos e pagar CDI + 1% isento de IR, diz analista
Analista recomenda um dos fundos imobiliários mais famosos do mercado, que está barato e pode entregar bons lucros em meio ao cenário de aumento da taxa Selic
Papai Noel dá as caras na bolsa: Ibovespa busca fôlego em payroll nos EUA, trâmite de pacote fiscal no Congresso e anúncios de dividendos e JCP
Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano e velocidade do trâmite do pacote fiscal ditarão os rumos dos juros no Brasil e nos EUA
Acordo entre Eletrobras (ELET3) e AGU abre espaço para pagamento de dividendos de R$ 8 bilhões, diz Itaú BBA; entenda
Para os especialistas que cobrem a Eletrobras, o acordo, até o momento, foi bastante positivo para o mercado
‘Descartar um rali de fim de ano agora é pedir pra errar’: analista se mantém otimista com a bolsa brasileira e indica as 10 ações mais promissoras de dezembro
Para Larissa Quaresma, da Empiricus, o rali de fim de ano não pode ser completamente descartado e a bolsa brasileira ainda reserva boas oportunidades de investimento