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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Sem recordes

Os touros fizeram uma pausa e deixaram o Ibovespa fechar em queda

Após chegar aos 108 mil pontos na sessão de ontem, o Ibovespa cedeu a um movimento de realização de lucros e terminou o pregão em baixa. Sem novos fatores que justificassem uma alta, os investidores preferiram assumir uma postura mais cautelosa, aguardando as decisões do Copom e do Fed amanhã

Victor Aguiar
Victor Aguiar
29 de outubro de 2019
10:35 - atualizado às 18:09
Ibovespa dólar mercados touro descansando
Imagem: Shutterstock

Depois de chegar a mais um recorde na última segunda-feira (28) e atingir, pela primeira vez, o patamar dos 108 mil pontos, o Ibovespa fechou em baixa nesta terça (29). Sem maiores novidades nos fronts doméstico e internacional, os agentes financeiros aproveitaram para embolsar parte dos ganhos recentes, vendendo ações.

O principal índice da bolsa brasileira terminou a sessão em queda de 0,58%, aos 107.556,26 pontos — na mínima, chegou a cair 0,79%, aos 107.331,27 pontos. Nos Estados Unidos, os mercados também caíram, embora com menor intensidade: o Dow Jones recuou 0,07%, o S&P 500 teve baixa de 0,04% e o Nasdaq teve perda de 0,59%.

No câmbio, a sessão foi de poucas variações: o dólar à vista terminou em alta de 0,25%, a R$ 4,0026 — ao longo do dia, oscilou entre os R$ 3,9845 (-0,20%) e os R$ 4,0052 (+0,32%). No exterior, a moeda americana apresentou um comportamento relativamente estável, tanto em relação às divisas fortes quanto as de países emergentes.

Em linhas gerais, o panorama global seguiu o mesmo dos últimos dias. As tensões entre EUA e China continuaram em ponto morto, enquanto as duas potências negociam a assinatura de um acordo comercial; na Europa, as idas e vindas do Brexit provocaram reações pontuais nos mercados do velho continente.

No front da guerra comercial, duas notícias de teor oposto contribuíram para deixar os mercados ligeiramente mais cautelosos. Por um lado, o governo americano sinalizou que poderá renovar as isenções de tarifas para US$ 34 bilhões em importações de produtos chineses.

Mas, por outro, Pequim acusou Washington de 'intimidação econômica' após reguladores americanos tentarem impor barreiras aos produtos de tecnologia da Cina, citando riscos à soberania da rede de telecomunicações do país.

Assim, em meio aos fatores positivos e negativos, os mercados optaram por assumir uma postura mais cautelosa, com os investidores aproveitando os preços mais altos das ações para realizar os lucros recentes. Vale lembrar, afinal, que o Ibovespa fechou o pregão de ontem aos 108.187,06 pontos, um novo recorde de encerramento.

Essa prudência, no entanto, não foi capaz de desencadear um movimento mais intenso de correção na bolsa brasileira. Por aqui, os agentes financeiros continuaram aguardando as decisões de política monetária do Copom e do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), previstas para amanhã (30).

E, em ambos os casos, as projeções são de novos cortes nas taxas de juros. Nos Estados Unidos, o mercado projeta mais uma redução de 0,25 ponto, mas, no Brasil, as estimativas são mais ousadas: a maior parte dos agentes financeiros aposta numa redução de 0,50 ponto na Selic, mas há quem enxergue espaço para um corte de 0,75 ponto.

Em meio à percepção de que os bancos centrais do mundo continuarão com o processo de estímulo monetário, de modo a dar suporte à economia global num momento de desaceleração, o mercado acionário acaba ganhando uma importante sustentação, já que juros mais baixos aumentam a atratividade dos investimentos em bolsa.

Nesse cenário, as curvas de juros pouco se mexeram nesta terça-feira, antecipando-se ao movimento do Copom. Os DIs com vencimento em janeiro de 2021, por exemplo, caíram de 4,38% para 4,37%; na ponta longa, os para janeiro de 2023 foram de 5,37% para 5,36%, e os para janeiro de 2025 subiram de 6,03% para 6,05%.

Altas e quedas

Boa parte da queda do Ibovespa se deve ao desempenho negativo das ações do setor bancário: Itaú Unibanco PN (ITUB4) recuou 1,77%, Bradesco PN (BBDC4) teve baixa de 1,38%, Banco do Brasil ON (BBAS3) caiu 0,27% e as units do Santander Brasil (SANB11) desvalorizaram 0,26%.

Mas, mesmo com as perdas de hoje, esses papéis ainda acumulam um desempenho amplamente positivo no mês, com ganhos que oscilam de 4,6% (Itaú Unibanco PN) a 10,9% (Bradesco PN). Vale lembrar que os bancos começarão a reportar seus resultados trimestrais nesta semana, fator que tende a mexer com suas ações nos próximos dias.

"A expectativa para o Ibovespa ainda é positiva, e não só no curto prazo. Não vejo motivo para estar pessimista, mas também não é razoável esperar que os avanços da bolsa ocorram numa linha reta", diz um analista, afirmando que, em meio à sequência positiva dos últimos dias, é normal que o índice enfrente momentos de instabilidade.

O mesmo analista ainda destaca que o dólar à vista tem passado por uma onda de alívio, afastando-se da faixa dos R$ 4,20 e passando a oscilar perto dos R$ 4,00 — o que, para ele, é um sinal de que o mercado brasileiro passa por um momento oportuno, com menor percepção de risco por parte dos investidores estrangeiros.

No lado positivo, MRV ON (MRVE3) e Raia Drogasil ON (RADL3) lideraram os ganhos do Ibovespa, com altas de 3,03% e 2,24%, respectivamente. Destaque, ainda, para Petrobras PN (PETR4) e ON (PETR3), que avançaram 0,74% e 0,91%, nesta ordem, apesar do tom negativo do petróleo no exterior.

Fora do Ibovespa, chamou a atenção o forte desempenho de Totvs ON (TOTS3), em alta de 6,38% após a empresa anunciar a aquisição da Supplier, companhia focada em crédito B2B, por R$ 455,2 milhões.

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