Um avião Boeing 737 com 136 passageiros e mais quatro tripulantes vindo de uma base militar em Guntánamo, em Cuba, derrapou em uma pista em Jacksonville, na Flórida, e caiu dentro do rio St. Johns por volta das 21h40 desta sexta-feira (3).
21 pessoas foram levadas ao hospital com ferimentos leves, mas não houve vítimas. O Boeing 737 não chegou a ser submerso pela água, segundo autoridades locais. O jato é operado pela Miami Air International, empresa de fretamento que oferece o serviço para a base em Guantánamo.
De acordo com o comandante da estação local, o pouso do avião em segurança foi “um milagre” por conta do profissionalismo da tripulação e das equipes de resgate. Confira a mensagem da Estação Naval de Jacksonville em seu Facebook:
***Plane incident update***At approximately 9:40 p.m. today, a Boeing 737 arriving from Naval Station Guantanamo Bay,...
Posted by NAS Jacksonville on Friday, May 3, 2019
Como aconteceu o acidente
Segundo a estação de controle local, o avião tentava fazer a aterrissagem durante uma forte tempestade, mas acabou derrapando no fim da pista de pouso.
Uma passageira descreveu o acidente à emissora de CNN. Segundo ela, o pouso do Boeing 737 foi dificultado por muitos raios e trovões. Após cair no rio, os passageiros teriam permanecido algum tempo na asa do avião, até que a equipe de resgate os retirasse com a ajuda de um barco. Uma equipe de ao menos 50 bombeiros se deslocou para retirar os passageiros do avião.
Um inspetor da Administração Federal de Aviação definiu o jato como privado, embora o prefeito da cidade tenha o caracterizado mais cedo como comercial. O próprio dirigente do município afirmou que a Casa Branca entrou em contato para oferecer suporte.
Como lembrou o New York Times, as fotos do acidente remetem ao famoso acidente do rio Hudson, que está completando 10 anos.
#JSO Marine Unit was called to assist @NASJax_ in reference to a commercial airplane in shallow water. The plane was not submerged. Every person is alive and accounted for. pic.twitter.com/4n1Fyu5nTS
— Jax Sheriff's Office (@JSOPIO) May 4, 2019
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes enviou uma equipe ao local para investigar as causas do acidente. Já a Boeing disse que não iria se manifestar até o momento sobre o assunto.
Outro modelo
A Boeing tem vivido uma crise por conta de dois acidentes fatais com um de seus modelos, o jato 737 Max, em um intervalo de poucos meses.
Desde o último acidente, o modelo 737 Max foi proibido de voar em vários países, inclusive nos EUA. O site da Miami Air International, porém, afirma que a empresa usa exclusivamente o jato Boeing 737-800, um modelo diferente.