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Superávit da balança comercial em outubro é o menor para o mês desde 2014

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,206 bilhão em outubro , de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia. O valor é 79,2% menor do que o registrado em outubro do ano passado e é o menor valor registrado para meses de outubro desde 2014.

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No mês passado, as exportações somaram US$ 18,231 bilhões, uma queda de 20,4% ante outubro de 2018. Já as importações chegaram a US$ 17,025 bilhões, uma alta de 1,1% na mesma comparação.

De janeiro a outubro, o superávit comercial soma US$ 34,823 bilhões, saldo 26,7% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado.

Na quarta semana de outubro (21 a 27), o saldo comercial foi de um superávit de US$ 585 milhões. Já na quinta semana (28 a 31), o resultado foi positivo em R$ 193 milhões.

No mês, houve uma queda nas vendas de produtos manufaturados (-26,5%), semimanufaturados (-20,6%) e básicos (-15,3%). Entre os manufaturados, houve queda principalmente nas exportações de máquinas e aparelhos para terraplanagem (-48%), automóveis de passageiros (-41,8%), polímeros plásticos (-32,1%) e suco de laranja não congelado (29,8%).

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Pelo lado das importações, houve alta nas compras de bens intermediários (9,3%), de capital (7,5%), enquanto caíram as importações de combustíveis e lubrificantes (- 29,2%) e bens de consumo (-8,9%).

Petróleo bruto puxa queda

A queda de 20% nas exportações em outubro foi motivada principalmente pelo recuo nas vendas de petróleo bruto, aço semimanufaturado, soja em grão, automóveis de passageiros e minério de ferro. Juntos, esses cinco produtos responderam por mais de 55% do recuo.

Houve redução de US$ 1,6 bilhão nas vendas de petróleo em bruto, reflexo das cotações internacionais e baixo crescimento da produção brasileira. Houve recuou ainda de US$ 449 milhões em aço semimanufaturado e de US$ 294 milhões em soja em grão.

No caso dos automóveis, o recuo foi de US$ 139 milhões, causado pela crise da Argentina, onde a economia deve encolher 3% neste ano.

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Por outro lado, houve crescimento nas exportações de produtos como milho, carne bovina, algodão e carne suína no mês de outubro.

Apesar do recuo nas exportações e do pior saldo comercial em cinco anos registrado em outubro, o subsecretário de Inteligência e Estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior, Herlon Brandão, disse que o mês de outubro veio em linha com as previsões do órgão.

No ano, a expectativa é de um recuo de 7,1% nas exportações e de um saldo de R$ 41,8 bilhões.

*Com Estadão Conteúdo.

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