Vale é destaque, em dia cheio com Fed e China
Mercado espera tom suave do Federal Reserve em relação aos juros norte-americanos e acordo comercial entre China e EUA, enquanto a Vale tenta recuperar sua imagem
Alguns vetores negativos para o mercado financeiro podem ser eliminados nesta quarta-feira (30). Por aqui, o destaque fica com a decisão da Vale de eliminar barragens de rejeitos semelhantes às das cidades mineiras de Mariana e Brumadinho e paralisar as operações em 10 minas que utilizam o mesmo método úmido para as atividades de mineração.
Em reação, os recibos de depósitos de ações (ADRs) da mineradora subiram quase 6% no after-hours em Nova York, o que sinaliza uma continuidade da recuperação dos papéis da Vale na Bolsa brasileira, após a tímida alta ontem. Já o minério de ferro disparou e atingiu o maior valor desde março de 2017 nas negociações asiáticas, com a parada nas operações.
A Vale deixará de produzir 40 milhões de toneladas de minério de ferro, o que representa 10% da produção anual da commodity. Ainda assim, a quarta-feira deve abrir positiva para o mercado financeiro doméstico, diante da tentativa da gigante brasileira de recuperar sua imagem, após a tragédia que já deixou 84 mortos e quase 280 pessoas desaparecidas.
Dia de expectativa no exterior
A manutenção dessa tentativa de alta entre os ativos locais vai depender do exterior. Lá fora, os investidores aguardam uma postura suave (dovish) por parte do Federal Reserve sobre a taxa de juros norte-americana e das autoridades chinesas nas tratativas comerciais com os Estados Unidos.
Ou seja, os investidores apostam que o Fed irá revisar para baixo a previsão de mais duas altas nos juros do país neste ano, bem adotar um tom mais cauteloso em relação ao processo de redução do balanço patrimonial. Essas medidas ajudariam a manter a liquidez global, reduzindo a volatilidade dos ativos de risco pelo mundo.
Agora que a autoridade monetária está pregando “paciência”, os investidores passaram a achar que o Fed foi longe demais no ciclo de aperto, iniciado em dezembro de 2015 e que se intensificou no ano passado. E essa percepção em relação ao Fed facilita o governo Trump a negociar com os democratas sobre o muro na fronteira com o México e com os chineses sobre o comércio.
Leia Também
Quanto Pelé valeria hoje? A projeção do ChatGPT que supera Mbappé, Haaland e Neymar no mercado global
Lotofácil 'final zero' promete R$ 12 milhões em premiações hoje
Um acordo firme entre EUA e China no front comercial tende a eliminar os riscos de novas rodadas de taxações e represálias sobre produtos importados, nos moldes do que se viu no ano passado. Ao mesmo tempo, fica afastado o temor de uma desaceleração econômica global mais intensa, com impacto nos lucros e margens das empresas.
Nos mercados
Aliás, a Apple anunciou o resultado financeiro referente ao período das vendas de fim de ano, com ganho de US$ 4,18 por ação, e apresentou uma previsão de receita entre US$ 55 bilhões e US$ 59 bilhões para o primeiro trimestre. Os números ficaram em linha com o previsto, mas longe dos US$ 64 bilhões de faturamento esperado em dezembro.
A China mostrou-se um ponto fraco durante o quarto trimestre do ano passado, com as vendas da Apple ao país caindo 27% e representando cerca de 15%, ou US$ 13,2 bilhões, da receita da gigante de tecnologia, ante quase US$ 18 bilhões em igual período do ano anterior. Ainda assim, no after-hours, as ações da Apple subiram mais de 5%.
Com isso, os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram em alta, apesar de uma sessão mista na Ásia, onde os negócios aguardam novidades do Fed e em torno da guerra comercial. Já a Europa caminha para uma abertura sem rumo definido, apenas com Londres ensaiando ganhos firmes.
Entre as moedas, o yuan chinês (renminbi) subiu ao maior valor desde julho em relação ao dólar, diante das esperanças de um acordo comercial com os EUA, ao passo que a libra esterlina se recupera, em meio às indefinições em torno do Brexit.
Merecem atenção também a alta do dólar australiano, após dados sobre a inflação no país, e a queda do peso mexicano, após o governo decidir não injetar capital na Pemex. Nas commodities, o petróleo segue se beneficiando da crise política na Venezuela.
Entre expectativas e realidade
O problema é a distância existente entre as expectativas do mercado em torno do Fed e da China e a realidade. Afinal, é difícil imaginar uma solução definitiva entre as duas maiores economias do mundo, com Pequim e Washington encaminhando suas diferenças em questões estruturais, após as denúncias contra a Huawei às vésperas da retomada das negociações.
Mais que isso, os EUA sabem que estão enfrentando um grande rival estratégico, em tempos em que os desenvolvimentos em tecnologia de comunicação e o Big Data se configuram em uma forma de poder (e de controle). Já os chineses conhecem sua história milenar e têm consciência do preço que se paga quando se fica de joelhos para potências estrangeiras.
O vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, reúne-se hoje com o representante do comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin. O principal negociador da China também deve ser recebido pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Os encontros estão agendados para hoje e amanhã.
Por sua vez, o Fed ainda precisa estar atento ao aumento dos custos do trabalho às empresas norte-americanas e à pressão dos salários sobre os preços no varejo. Por ora, a desaceleração econômica inibe o repasse ao cliente final devido à queda da demanda. Mas o Fed está atento a eventuais brechas, no caso de uma trégua comercial mais longa.
No meio dessas discussões envolvendo EUA e China, está a Europa. Mais precisamente, o Reino Unido, que quer sair do bloco comum europeu, mas ainda não sabe como. A primeira-ministra Theresa May, prometeu voltar a Bruxelas para renegociar o Brexit. Mas a apenas oito semanas para o prazo final, cresce o risco de uma saída caótica da UE.
Olha a hora
O Federal Reserve anuncia a decisão de juros às 17h e a previsão é de manutenção da taxa no intervalo entre 2,25% e 2,50%. Com isso, o foco se desloca para a entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, às 17h30, que passa a ocorrer sempre ao final de cada encontro. A expectativa é de que “Jay” se mostre paciente e dependente dos dados econômicos para definir os próximos passos em relação aos juros.
Antes, o calendário econômico norte-americano traz dados sobre a criação de emprego no setor privado em janeiro (11h15), o setor imobiliário (13h) e os estoques de petróleo (13h30). Logo cedo, tem a confiança do consumidor na zona do euro (8h) e, no fim do dia, é a vez de dados de atividade dos setores industrial e de serviços na China neste mês.
Enquanto isso, no Brasil...
O mercado doméstico também está atento à cena política e aguarda a definição dos nomes que irão disputar as presidências da Câmara e do Senado. A eleição no Congresso acontece na sexta-feira e é fundamental para o governo Bolsonaro que os escolhidos apoiem a agenda de reformas.
Entre os indicadores econômicos, às 8h, saem o índice de confiança do setor de serviços e o IGP-M, ambos referentes ao mês de janeiro. Também logo cedo, sai o balanço do Santander. Depois, às 9h, é a vez da inflação ao produtor (IPP) em dezembro e, às 12h30, serão conhecidos os dados do fluxo cambial, que podem dar pistas sobre o apetite do investidor estrangeiro em alocar recursos no Brasil.
Os números do Banco Central devem mostrar a entrada de mais recursos externos no país na semana passada, após o desembarque tímido do capital estrangeiro logo no início do ano. Só na Bolsa brasileira, o saldo de capital estrangeiro está positivo em pouco mais de R$ 3 bilhões, com os “gringos” retomando as compras de ações domésticas.
Esse aumento da posição do investidor estrangeiro nos ativos locais levou o dólar ontem a encerrar no menor patamar em 11 pregões, aproximando-se da faixa de R$ 3,70. A valorização do real retirou ainda mais prêmio da curva de juros futuros, cerca de uma semana antes da última reunião do Copom sob o comando de Ilan Goldfajn.
Por ora, a perspectiva de juros baixos (Selic) por um período prolongado combinada com a aprovação das reformas estruturais - especialmente a da Previdência - deixa a renda variável mais atraente em detrimento da renda fixa, ao mesmo tempo que fortalece a moeda local. Nesse círculo virtuoso, o dólar fraco mantém o cenário da inflação benigno, o que reduz a necessidade de um ajuste para cima na taxa básica.
Só quando a atividade econômica reagir de forma mais consistente, garantindo um crescimento mais sustentável, é que deve ter início o processo de normalização monetária. Ou, então, quando (se) forem desmontadas essas expectativas mais otimistas, com o Congresso travando a pauta do governo e dificultando a aprovação das reformas.
Banco do Brasil (BBAS3) e mais um balanço ‘para se esquecer’, dificuldades da Cosan (CSAN3) e histórias da Praia do Cassino
Investidores estiveram atentos aos números do Banco do Brasil e também acompanharam a situação da Cosan nas mais lidas da última semana
COP30: Marcha Mundial pelo Clima reúne 70 mil pessoas nas ruas de Belém
Ativistas reivindicam acordos e soluções efetivas de governos na COP30
‘Pet 2.0’: clonagem animal vira serviço de R$ 263 mil; ricos e famosos já duplicam seus pets
Clonagem de animais começou nos anos 1990 com a ovelha Dolly e agora é usada para reproduzir pets falecidos, preservação de espécies e melhoramento de rebanho
Negociações na COP30 entre avanços e impasses: um balanço da cúpula do clima até agora
Em Belém, negociadores tentam conciliar a exigência de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com o impasse no financiamento climático e o risco de adiar as metas de adaptação para 2027
Brasil x Senegal: veja onde assistir ao amistoso e saiba o horário da partida
Confira onde e quando assistir ao amistoso entre Brasil x Senegal, que faz parte da preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026
Essa praia brasileira vai ser uma das mais visitadas do país em 2026
Juquehy se destaca como um destino turístico em ascensão, combinando mar calmo, ondas para surfistas e uma infraestrutura em constante crescimento, atraindo turistas para 2026
Mega-Sena 2940 faz um multimilionário em Porto Alegre – quanto rende o prêmio de R$ 99 milhões na renda fixa?
Vencedor de Porto Alegre embolsou R$ 99 milhões e agora pode viver de renda
Explosão de fogos no Tatuapé: quem paga a conta? Entenda a responsabilidade de locatário, proprietário e vizinhos
Com danos a casas, comércios e patrimônio público, advogados apontam quem responde civilmente pela explosão no bairro da zona leste
RIP, penny: Por que Donald Trump acabou com a moeda de um centavo de dólar nos EUA?
Mais de 250 bilhões de moedas de um centavo continuam em circulação, mas governo decidiu extinguir a fabricação do penny
Lotofácil 3538 tem 8 ganhadores, mas apenas 2 ficam milionários; Mega-Sena adiada corre hoje valendo R$ 100 milhões
Basta acumular por um sorteio para que a Lotofácil se transforme em uma “máquina de milionários”; Mega-Sena promete o maior prêmio da noite
Do passado glorioso ao futuro incerto: a reforma milionária que promete transformar estádio de tradicional clube brasileiro
Reforma do Caindé prevê R$ 700 milhões para modernizar o estádio da Portuguesa em São Paulo, mas impasse com a Prefeitura ameaça o projeto
Onde já é possível tirar a habilitação gratuitamente? Confira quais Estados já aderiram à CNH Social
Com a CNH Social em expansão, estados avançam em editais e inscrições para oferecer a habilitação gratuita a candidatos de baixa renda
Bolão paulistano fatura Quina e 16 pessoas ficam a meio caminho do primeiro milhão; Mega-Sena pode pagar R$ 100 milhões hoje
Prêmio principal da Quina acaba de sair pela terceira vez em novembro; Lotofácil acumulou apenas pela segunda vez este mês.
A família cresceu? Veja os carros com melhor custo-benefício do mercado no segmento familiar
Conheça os melhores carros para família em 2025, com modelos que atendem desde quem busca mais espaço até aqueles que preferem luxo e alta performance
Batata frita surge como ‘vilã’ da inflação de outubro; entenda como o preço mais salgado do petisco impediu o IPCA de desacelerar ainda mais
Mesmo com o grupo de alimentos em estabilidade, o petisco que sempre está entre as favoritas dos brasileiros ficou mais cara no mês de outubro
“O Banco Central não está dando sinais sobre o futuro”, diz Galípolo diante do ânimo do mercado sobre o corte de juros
Em participação no fórum de investimentos da Bradesco Asset, o presidente do BC reafirmou que a autarquia ainda depende de dados e persegue a meta de inflação
Governo Lula repete os passos da era Dilma, diz ex-BC Alexandre Schwartsman: “gestão atual não tem condição de fazer reformas estruturais”
Para “arrumar a casa” e reduzir a taxa de juros, Schwartsman indica que o governo precisa promover reformas estruturais que ataquem a raiz do problema fiscal
Bradesco (BBDC4) realiza leilão de imóveis onde funcionavam antigas agências
Cinco propriedades para uso imediato estão disponíveis para arremate 100% online até 1º de dezembro; lance mínimo é de R$ 420 mil
Maioria dos fundos sustentáveis rendeu mais que o CDI, bolsa bate novos recordes, e mercado está de olho em falas do presidente do Banco Central
Levantamento feito a pedido do Seu Dinheiro mostra que 77% dos Fundos IS superou o CDI no ano; entenda por que essa categoria de investimento, ainda pequena em relação ao total da indústria, está crescendo no gosto de investidores e empresas
Lotofácil 3536 faz o único milionário da noite; Mega-Sena encalha e prêmio acumulado chega a R$ 100 milhões
Lotofácil continua brilhando sozinha. A loteria “menos difícil” da Caixa foi a única a pagar um prêmio milionário na noite de terça-feira (11).
