O Banco Central (BC) comunicou que vai atuar no mercado de dólar à vista na sexta-feira, dia 29 de março. Será feita a oferta de US$ 3 bilhões em linhas com compromisso de recompra para rolagem de contratos que venceriam em 2 de abril.
Nesse tipo de atuação o BC “empresta” os dólares das reservas internacionais que terão de ser devolvidos posteriormente. Quando opta pela rolagem, o BC se mantém neutro no mercado, que vai avaliar se devolve os dólares para o BC ou se alonga a operação.
No leilão a ser realizado, o BC disponibiliza novos vencimentos para julho e agosto de 2019.
O estoque atual dessas operações, que foram feitas no fim do ano quando houve forte demanda por moeda à vista, está em US$ 7,925 bilhões. Em fevereiro, o BC fez uma rolagem parcial de US$ 6 bilhões que venceriam em março.
Os leilões de linha “conversam” com o fluxo cambial, que está negativo agora em março, até o dia 20, em US$ 5,7 bilhões.
Podemos imaginar o mercado de câmbio à vista como um sistema fechado. Se o fluxo é negativo alguém tem de prover essa demanda por dólares. Atuam nesse mercado os bancos e o próprio BC.
Quando há excesso de fluxo o BC pode comprar moeda à vista, algo que não acontece desde 2011, ou os bancos vão ampliando a posição comprada.