O Banco do Povo da China afirmou nesta terça-feira, 6, que se opõe fortemente à decisão dos Estados Unidos de designar o país asiático como um "manipulador cambial".
Para a instituição, a atitude americana é um comportamento protecionista que, além de minar seriamente a ordem financeira internacional, provocará turbulência nos mercados financeiros.
A autoridade monetária chinesa voltar a se defender alegando que a cotação do yuan é determinada por dinâmicas de oferta e demanda nos mercados e voltou a rechaçar ter usado a taxa de câmbio como uma ferramenta para lidar com disputas comerciais.
A moeda chinesa passou por uma forte desvalorização e, agora, o dólar vale mais de sete yuan, nível que não era rompido há mais de uma década. Via Twitter, o presidente dos EUA, Donald Trump, acusou o governo chinês de estar manipulando artificialmente o câmbio — uma "enorme violação" que, segundo ele, irá culminar num "grande enfraquecimento"da China ao longo do tempo.
No comunicado divulgado pelo banco chinês nesta terça-feira, a autoridade monetária argumentou ainda que a China não preenche os "padrões quantitativos" formulados pelo Departamento do Tesouro dos EUA como critério para a designação como "manipulador cambial".
Desde 2018, os EUA "têm continuamente provocado uma escalada das disputas comerciais", critica o PBoC, instando os americanos a "retornarem à trilha correta da racionalidade e da objetividade".
*Com Estadão Conteúdo