Em segundo dia de negociações, pressão para acordo entre EUA e China continua
Jornal oficial chinês pediu que Washington evite “pressionar demasiadamente” a China para evitar que a situação saia do controle e não haja um acordo
Um jornal oficial da China alertou os Estados Unidos a não exigirem muito de Pequim num momento em que autoridades dos dois países se preparam para um segundo dia de negociações nesta terça-feira, 8, para tentar reverter sua batalha de tarifas.
O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, está lidando com uma China cada vez mais forte que tem suas próprias necessidades imediatas, afirmou o Global Times, que é publicado pelo Partido Comunista chinês. Segundo o jornal, Washington "não pode pressionar a China demasiadamente" e deve evitar uma situação que "saia do controle".
Negociadores de ambos os lados retomaram conversas ontem, em Pequim, numa tentativa de superar divergências comerciais que começaram com acusações por Washington de que a China tem forçado empresas americanas que operam no país asiático a transferir tecnologia. Até o momento, não houve sinais claros de avanço no sentido de uma solução para o impasse.
Na segunda metade do ano passado, o governo americano elevou tarifas sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses para até 25%. Em retaliação, Pequim impôs tarifas punitivas a US$ 110 bilhões em bens americanos.
Na avaliação do Global Times, o peso da economia chinesa significa que Pequim "poderá se engajar num boicote (comercial) ainda mais intenso" com os EUA, se necessário.
Em 1º de dezembro, Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, concordaram em suspender a aplicação de novas tarifas por 90 dias. Economistas, porém, dizem que o período da trégua é muito curto para resolver questões que prejudicam as relações sino-americanas há muitos anos. Fonte: Associated Press.
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