O câmbio flexível é a primeira linha de defesa de um país contra eventuais choques externos. Tarifas de importação são um exemplo de choque, e o que estamos vendo no mercado de yuan contra o dólar é simplesmente uma reprecificação da moeda chinesa para refletir as maiores tarifas anunciadas pelo governo americano.
A explicação acima abre relatório do Instituto Internacional de Finanças (IIF) que estima que os US$ 30 bilhões em tarifas (10% sobre US$ 300 bilhões) podem resultar em uma queda de 6% na cotação do yuan contra o dólar.
Isso levaria a taxa de 6,9 vista antes do anúncio para cerca de 7,3. Hoje, o Banco Central da China fixou o centro da banda de flutuação na linha dos 7. Então, a movimentação que vimos nos últimos dias e causou grande instabilidade nos mercados “pode ser apenas o começo”.
Além disso, ao atualizar seus modelos que consideram a banda de variação e a diferença entre a cotação da moeda no mercado chinês e no mercado externo, o IIF avalia que o BC chinês tem atuado para evitar uma depreciação ainda maior e mais rápida do yuan.