Site icon Seu Dinheiro

Bradesco também entra na mira do Cade por suposta prática anticompetitiva contra o GuiaBolso

Logo do Bradesco

A superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu, nesta terça-feira, 30, processo administrativo contra o Bradesco para apurar se o banco estaria prejudicando a GuiaBolso, aplicativo de gestão financeira e oferta de crédito. O processo é mais um aberto pelo Cade para garantir a concorrência para fintechs e no setor financeiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

De acordo com o parecer da superintendência, há suspeita de prática anticompetitiva pela instituição financeira, já que o Bradesco teria instituído um segundo fator de autenticação para que seus clientes acessem suas contas correntes na plataforma.

Outras instituições financeiras autorizam o acesso se a senha for inserida no aplicativo, mas o Bradesco exige uma senha adicional, o que torna o processo mais difícil.

"Há evidências de infração à ordem econômica, tendo em vista que a prática do Bradesco restringiria a oferta de serviços por fintechs que dependam de dados bancários de seus usuários, em prejuízo à livre iniciativa e à livre concorrência", afirma.

A superintendência ressalta que cabe ao titular da informação - o cliente - o direito de fornecê-las para outro prestador de serviço.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"A alegação de proteção de sigilo não poderia ser justificativa para recusa ou imposição de dificuldades para fornecimento de dados", completa o órgão.

O Cade começou a apurar as denúncias em julho do ano passado, após secretaria do antigo Ministério da Fazenda apontar as supostas práticas anticompetitivas.

A secretaria ressaltava que o GuiaBolso depende das informações dos usuários controladas pelo Bradesco para viabilizar a oferta de seus produtos.

Para o Cade, oferecer serviços financeiros complementares aos dos bancos aumenta a concorrência, o que pode levar a redução de spreads bancários e benefícios para toda a sociedade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Na medida em que se permite, caso seja de interesse do usuário, o livre trânsito de suas informações bancárias, o consumidor poderá extrair valor da propriedade de seus dados pessoais. Isso pode se dar na forma de acesso a produtos bancários mais vantajosos do que aqueles oferecidos por seu banco de origem", completa o Cade.

*Com Estadão Conteúdo.

Exit mobile version