A diretoria do Bradesco propôs ao conselho da empresa pagar R$ 8 bilhões em dividendos extraordinários. Se aprovado em reunião marcada para o próximo dia 7, serão R$0,94 por ação ordinária e R$1,04 por papel preferencial.
O valor corresponde a cerca de 65 vezes o valor dos juros sobre o capital próprio mensalmente pagos pela instituição. O pagamento ocorre no dia 23, não havendo retenção de Imposto de Renda na Fonte.
O banco ainda informa que terão direito ao pagamento os acionistas na base da empresa em 17, passando as ações a ser negociadas “ex-direito” aos dividendos extraordinários a partir do dia 18.
Também não será computado no cálculo dos dividendos obrigatórios do exercício previstos no estatuto social, diz o Bradesco. Os dividendos extraordinários serão pagos adicionalmente aos juros sobre o capital próprio mensais, intermediários e complementares a ser declarados no final do exercício.
Olho nos números
Em último balanço, o Bradesco apresentou um forte desempenho da seguradora e inadimplência sob controle. O banco registrou lucro líquido de R$ 6,462 bilhões. O crescimento foi de 25,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
O resultado superou as projeções dos analistas, que já eram bem otimistas. A média das estimativas apontava para um lucro de R$ 6,224 bilhões, de acordo com dados da Bloomberg.
A rentabilidade do segundo maior banco privado brasileiro atingiu os 20,6%, alta de 0,1 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre e de 2,2 pontos na comparação com o mesmo período de 2018.