A Berkshire Hathaway, do lendário investidor Warren Buffett, tem um motivo para comemorar. O conglomerado do bilionário americano divulgou um lucro operacional de US$ 7,86 bilhões no terceiro trimestre, cifra que representa um salto de 14% em relação ao mesmo período do ano passado e um recorde a empresa.
O lucro operacional por ação classe A corresponde a US$ 4,816 mil. Mas analistas do mercado esperavam, em média, que a cifra ficasse em US$ 4.405,16 por papel. Na sexta, os ativos da Berkshire terminaram o dia cotados a US$ 323,4 mil. Veja como foi o dia dos mercados.
O conglomerado do bilionário Warren Buffett informou ainda, em documento divulgado ao mercado, que encerrou setembro com um recorde de US$ 128,2 bilhões em caixa, mesmo com a recompra de US$ 700 milhões em ações no trimestre realizada pela empresa. Apesar dos bons resultados mencionados, o lucro líquido caiu 11%, para US$ 16,52 bilhões.
Conglomerado bilionário
Com sede em Omaha, Nebraska, nos Estados Unidos, a Berkshire opera mais de 90 empresas, incluindo a seguradora Geico, a companhia ferroviária BNSF e a rede de sorvetes Dairy Queen. A companhia vale hoje cerca de US$ 500 bilhões na Bolsa de Nova York.
Nos seus primeiros 40 anos, a empresa do bilionário Warren Buffett investiu fortemente em negócios de seguros, mas de 2007 para cá passou a adquirir uma sucessão de grandes companhias industriais. Desembolsou mais de US$ 100 bilhões por cerca de 160 companhias nesse período.
A empresa pagou dividendos pela primeira vez em sua história em 1967 (US$ 0,10 por ação). Foi também a última vez em que isso aconteceu. Em todos os outros anos, o bilionário Warren Buffett garantiu que conseguiria investir melhor o lucro da Berkshire do que seus acionistas, se eles aplicassem os dividendos.
Para honrar com esse compromisso, o megainvestidor americano está sempre atrás de aquisições parrudas - que nem sempre dão certo.
Em 2017, por exemplo, a Berkshire não conseguiu concluir as negociações para a compra de uma empresa elétrica no Texas, assim como se frustrou com os planos da aquisição da Unilever pela Kraft Heinz, gigante de alimentos que tem a empresa de Buffett e o fundo 3G, do brasileiro Jorge Paulo Lemann, como acionistas.