Para Bernard Appy, reforma tributária não está morta, ficou para 2020

O economista Bernard Appy criticou a proposta do governo federal de criar um novo imposto sobre transações digitais, visto como “nova CPMF”

Se a tributação vier acompanhada da redução da alíquota do imposto de renda para as empresas, o impacto sobre o valor das companhias deve ser positivo, afirmou o economista em entrevista ao Seu Dinheiro

Para o economista, o mais importante seria conseguir reduzir a tributação sobre a folha de pagamento, considerada por ele “completamente injustificável”

As propostas já em tramitação na Câmara e no Senado são ainda mais abrangentes que a pretendida pelo governo, mas nenhuma delas conseguiu deslanchar

Texto será levado ao Congresso em forma de emenda à proposta que tramita atualmente na Câmara, de Baleia Rossi

Entre as alterações na proposta de Appy, os Estados querem que o comitê gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – o novo imposto que une ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI – não tenha a participação da União

Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e autor do texto da proposta de reforma tributária encampada pela Câmara, contesta a posição do governo de começar a reforma só com a criação de um IVA dos tributos federais

Equipe econômica, que também tem a sua proposta, considera que o texto da Câmara enfraquece a autonomia dos Estados e municípios

PEC proposta acaba com três tributos federais – IPI, PIS e Cofins. Extingue o ICMS, que é estadual, e o ISS, municipal. Todos eles incidem sobre o consumo

Segundo Bernard Appy, a proposta de reforma tributária pode elevar em 10% o potencial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em um período de dez anos

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