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Banco do Brasil tem lucro maior e reduz distância para concorrentes privados em rentabilidade

Fachada do edifício sede do Banco do Brasil (BBAS3), em Brasília.

Fachada do edifício sede do Banco do Brasil (BBAS3), em Brasília

Depois de três anos, o Banco do Brasil se aproxima do objetivo de alcançar o mesmo patamar de rentabilidade dos principais concorrentes privados. No terceiro trimestre, o lucro líquido do banco alcançou R$ 4,543 bilhões, uma alta de 33,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

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O resultado recorrente – que exclui itens extraordinários do trimestre – ficou acima da projeção média de R$ 4,328 bilhões dos analistas, de acordo com a Bloomberg.

Junto com o lucro, a rentabilidade do Banco do Brasil deu um salto e alcançou 18% no terceiro trimestre, bem acima dos 13,6% do mesmo período do ano passado. Apenas para efeito de comparação, o retorno do Bradesco, o terceiro maior entre os quatro grandes bancos de capital aberto, ficou em 20,2% no terceiro trimestre.

O objetivo de se equiparar aos concorrentes privados foi estabelecido ainda na gestão de Paulo Caffarelli, em 2016, ano em que o retorno do BB foi de apenas 8,8%.

Com um lucro de R$ 13,2 bilhões de janeiro a setembro, o Banco do Brasil não terá problemas em alcançar a meta estabelecida para o ano, que varia de R$ 14,5 bilhões a R$ 17,5 bilhões. O número foi revisado para cima após o resultado do trimestre.

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Dentro da linha de melhorar os resultados, o Banco do Brasil selou ontem à noite o casamento com o suíço UBS que marca a criação de um negócio em conjunto na área de banco de investimentos e corretora de valores.

Crédito avança em pessoas físicas

A margem financeira, linha do resultado que contabiliza as receitas com a concessão de crédito menos os custos de captação, aumentou 5,6% em relação ao terceiro trimestre do ano passado e atingiu R$ 9,4 bilhões.

O avanço na margem foi provocado principalmente pelo aumento nos empréstimos nas linhas a pessoas físicas, já que a carteira de empresas continua em queda.

O saldo da carteira de crédito do Banco do Brasil encerrou setembro em R$ 686,7 bilhões – estável no trimestre e 0,7% abaixo do mesmo período do ano passado. A meta do banco, que foi revisada para baixo no segundo trimestre, varia entre uma queda de 2% e uma alta de 1% no crédito em 2019.

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Ainda sob o efeito da recuperação judicial do Grupo Odebrecht, o índice de inadimplência do BB alcançou 3,47%, acima dos 3,25% do trimestre anterior e dos 2,81% de setembro do ano passado. Sem o efeito do "caso específico", o indicador teria encerrado o terceiro trimestre em 2,74%.

Apesar do aumento nos calotes e no crédito nos produtos para pessoas físicas, as despesas para cobrir perdas no crédito do Banco do Brasil recuaram 6,9% no trimestre, para R$ 3,3 bilhões. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, porém, houve uma alta de 2,8%.

Ganho maior com tarifas

O BB também vem apresentando um bom desempenho nas receitas com prestação de serviços e cobrança de tarifas. No terceiro trimestre, elas cresceram 8,7% – acima da meta para o ano, que varia de 5% a 8% – e atingiram R$ 7,5 bilhões.

As taxas de conta corrente, administração de fundos e seguros e previdência ajudaram a puxar esse resultado.

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As despesas administrativas do banco subiram apenas 1,5% na comparação com o período de julho a setembro do ano passado, para R$ 7,7 bilhões. A meta do banco para 2019 é de um avanço de entre 2% e 5%.

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