O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a falta de recursos para investimentos está condenando a Eletrobras à morte. Ele destacou que a estatal tem feito somente um terço do necessário para manter sua posição no mercado.
"A Eletrobras precisava investir R$ 16,5 bilhões todo ano para manter a fatia de mercado, Hoje ela tem capacidade máxima de R$ 3,5 bilhões. Ela está condenada à morte, é questão de tempo, vai desaparecer ou vira uma corporação", afirmou em evento sobre saneamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Apesar de estar incluída no programa de privatização do governo, a venda da estatal vem sofrendo resistência por parte de parlamentares. Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro nesta semana, o secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, disse que "há um arcabouço jurídico criado para dificultar a privatização da companhia".
Ele reiterou que deseja que a União perca o controle da companhia e fique apenas com uma participação entre 30% e 40% da empresa. Mas, para que isso aconteça, é preciso fazer ainda um split-off das subsidiárias [torná-las independentes e sem vínculos com a empresa-mãe. Nesse caso, os acionistas são obrigados a escolher entre deter ações da subsidiária ou da empresa-mãe] antes de ir a mercado.
O secretário disse que a previsão é que a operação seja concluída em 2020, mas ponderou que não há nenhuma resposta no sentido de que o PL será tocado com regime de urgência.