Com direito a divulgação em rede social do presidente Sérgio Rial, o Santander lançou nesta semana a Pi, sua plataforma de investimentos. O acesso por enquanto é restrito a quem se cadastrar no site www.sejaumpioneiro.com.br.
Quem acessar a página de lançamento e cadastro não vai encontrar nenhuma referência ao Santander. A marca nem sequer traz a tradicional cor vermelha do banco.
Eu fiz o meu cadastro na tarde de hoje, e recebi em seguida um e-mail que me orientou a aguardar pelo convite para a versão beta da Pi. O nome da plataforma é uma referência ao número matemático que representa a razão entre o perímetro e o diâmetro de uma circunferência.
Para os chamados "pioneiros", os primeiros a testar os serviços, a Pi vai oferecer apenas produtos de renda fixa de instituições financeiras. Entre eles, certificados de depósito bancário (CDB) e letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA).
Mas, com a evolução da plataforma, a Pi promete ampliar a prateleira para ter fundos de investimentos, tesouro direto e ações.
Bancos em campo
O Santander criou a Pi do zero e detém 100% do capital, mas a plataforma vai operar de forma independente, inclusive da corretora do banco. O projeto é comandado por Felipe Bottino, ex-diretor da Icatu Seguros.
O Santander foi o último dos três maiores bancos privados brasileiros a se posicionar nesse mercado.
O Itaú foi o pioneiro a abrir a prateleira do banco para produtos de terceiros na plataforma 360, voltada aos clientes do segmento Personnalité. E foi além ao adquirir uma participação de 49,9% no capital da XP Investimentos, pela qual pagou R$ 6,3 bilhões.
O Bradesco contra-atacou remodelando a corretora Ágora, que havia comprado em 2008, como plataforma de investimentos.
Na entrevista que concedeu para mim na estreia do Seu Dinheiro, Rial disse que não é tarde para o banco ingressar na disputa pelos investidores.
"Nunca é tarde. Tarde é não fazer. Esse é um mercado onde ainda tem muito para acontecer", ele me disse, na ocasião.