Caminhoneiros podem voltar a cruzar os braços a qualquer momento
Líder da categoria disse à revista “Veja” que os motoristas estão “revoltados” pela falta de fiscalização da tabela do frete mínimo e outros direitos assegurados por lei

Os caminhoneiros estão planejando cruzar os braços mais uma vez, a qualquer momento. O motivo? a falta de fiscalização contra empresas que vêm descumprindo a tabela do frete mínimo.
Se essa promessa for adiante, é uma má notícia para a economia. Lembra como foi da outra vez? A bolsa de valores despencou, a Petrobras perdeu o seu presidente, várias empresas tiveram prejuízos com logística, o clima de incerteza assustou o investidor estrangeiro. Uma nova greve dos caminhoneiros é tudo que o novo governo de Jair Bolsonaro não precisa para começar seu mandato.
O que eles querem agora?
O uso da tabela foi a solução encontrado pelo presidente Michel Temer para colocar fim na greve que parou o país, por 11 dias, em maio deste ano. A informação foi dada por representantes da categoria à revista "Veja" nessa segunda-feira, 26.
À época, apesar do governo ceder, entidades representantes da agricultura e da indústria se posicionaram contra ao tabelamento.
"Estão todos [os caminhoneiros] revoltados. A questão do piso mínimo foi só uma jogada para parar a greve. Ninguém está cumprindo, e o governo não fiscaliza e tampouco multa", disse o representante do Comando Nacional do Transporte, Ivar Luiz Schmidt, à revista.
Ainda segundo o líder, uma série de leis que deveriam proteger os caminhoneiros, como a jornada de oito horas com no máximo duas horas extras, não são levadas a sério pelos contratantes.
"Hoje, todos trabalham em média dezesseis horas diárias. Alguns rodam três ou quatro dias seguidos sem dormir, pois acham que a solução da baixa rentabilidade é trabalhar mais. Daí que ocorrem os acidentes. Imagina como está no final do dia um profissional que trabalhou dezesseis horas?", disse.
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