Os norte-americanos foram às urnas ontem para escolher seus representantes na Câmara e no Senado.
Enquanto o partido Democrata conseguiu a maioria da câmara dos representantes, o senado continuará sob maioria do partido Republicano.
O cenário configura uma derrota para o governo de Donald Trump à medida que o presidente intensificou sua agenda de comícios e aumentou a quantidade de promessas na tentativa de evitar perder o controle das duas Casas.
"Um sucesso tremendo esta noite. Obrigado a todos!", disse Trump, em seu perfil no Twitter, nos primeiros comentários feitos durante a noite após projeções da imprensa americana indicarem vitória democrata na Câmara. Alguns distritos de Estados como Illinois, Iowa, Nova York, Texas e Virgínia deram vitória aos democratas, sendo que, em 2016, haviam elegido candidatos republicanos.
No Senado, contudo, a força dos candidatos do governo se mostrou maior à medida que nomes como Ted Cruz, no Texas, e Marsha Blackburn, no Tennessee, enfrentaram eleições apertadas, mas confirmaram o favoritismo. Além disso, os republicanos conseguiram "virar" em Estados que estavam sob domínio democrata: Dakota do Norte, Indiana, Missouri e, ao que tudo indica, a Flórida. Os três últimos contaram com a presença de Trump, que fez comícios nas últimas semanas com a finalidade de ampliar sua maioria no Senado.
Reação do mercado
O resultado das eleições foram reverberados durante toda a madrugada nos mercados financeiros. Logo no início da divulgação dos resultados, quando os republicanos se mostraram mais fortes em alguns distritos da Flórida, o dólar foi às máximas em relação a outras moedas principais, como o euro e o iene. No entanto, com a força dos democratas em Estados do centro dos EUA, o dólar reverteu os ganhos e passou a operar em queda, assim como os rendimentos dos títulos públicos americanos.
*Com Estadão Conteúdo