As reservas cambiais da China voltaram a encolher em setembro pelo segundo mês consecutivo. Esse resultado é um reflexo direto das medidas que o Banco do Povo da China (PBoC, o BC do país) vem implantando para intensificar seus esforços com o objetivo de estabilizar a moeda local, o yuan.
O acúmulo de moeda recuou US$ 22,69 bilhões ao longo do mês passado, levando as reservas a somarem US$ 3,087 trilhões. Vale lembrar que, em agosto, as reservas cambiais caíram US$ 8,23 bilhões.
Entre as medidas do PBoC sobre o câmbio foi a reintrodução de um mecanismo para fixar o valor diário oficial da moeda em relação ao dólar. Além disso, o banco implantou uma exigência que torna mais caro para os investidores apostarem contra o yuan.
Mais lenha na fogueira
Depois que saíram os dados de reservas cambiais de setembro, o PBoC anunciou neste domingo, 7, a redução em 1 ponto porcentual na taxa de compulsório que a maioria dos bancos comerciais deve manter a partir de 15 de outubro.
O índice oficial de reservas compulsórias para os grandes bancos estatais da China cairá de 15,5% para 14,5%, quando o corte entrar em vigor, de acordo com o provedor de dados Wind Information.
Segundo o PBoC, o corte liberará mais 1,2 trilhão de yuans (US$ 174,72 bilhões) em recursos aos clientes para ajudar pequenas empresas, além de compensar os empréstimos de curto prazo dos bancos.
A ação, amplamente esperada pelos economistas, marca o quarto ajuste no compulsório pelo PBoC neste ano, após cortes em janeiro, abril e junho.
A medida de estímulo foi anunciada em meio a dados recentes que mostraram que a economia chinesa está perdendo força, com a guerra comercial prejudicando os fabricantes chineses.
*Com Estadão Conteúdo.