As urnas de Minas Gerais comprovaram a vitória de Romeu Zema neste domingo, levando esperança aos investidores de Cemig e Copasa. Ao longo da campanha, o candidato do Partido Novo afirmou que privatizaria as estaduais.
Depois do primeiro turno, em entrevista ao G1, Zema recuou um pouco no discurso. “Eu havia mencionado que nós tínhamos como plano privatizar a Cemig, a Copasa, etc. Mas hoje essas empresas estão mal gerenciadas, com valor de mercado muito pequeno e nós não vamos vender nada barato”, disse na entrevista.
O entendimento que circula no mercado, entretanto, é de que o candidato aliviou no discurso por motivos políticos. E que, no máximo, isso sinaliza que as privatizações não vão acontecer de imediato. A expectativa é que ele nomeie um executivo forte para comandar a estatal, melhore a eficiência e privatize depois.
Neste domingo, a colunista Miriam Leitão disse na GloboNews que Cemig está sim na lista de privatizações de Romeu Zema em Minas, que o tema foi amenizado por conta do segundo turno.
Um economista que preferiu não ser identificado disse que também aposta na privatização por questões políticas. "Minas é um trampolim para um Novo forte em 2022, mostrando que a pauta liberal funciona. Ele tem que levar o liberalismo ao extremo em Minas, ou vai matar o partido antes mesmo de ele nascer pragmaticamente", disse.