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A Bolsa de Londres quer vender pão de queijo

Montagem mostra rainha da Inglaterra segurando um pão de queijo

Não são apenas as bolsas dos Estados Unidos que estão atrás das empresas brasileiras.  A  London Stock Exchange (LSE)  fechou acordo com a Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) e o Instituto de Desenvolvimento do Mercado de Capitais (IDMC) e trouxe  para o Brasil neste ano o Elite,  um programa de capacitação e suporte ao desenvolvimento de negócios e à captação de recursos pelas pequenas e médias empresas brasileiras nos mercados globais.

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 O programa foi implementado pela primeira vez na Itália, em 2012. Dois anos depois foi replicado no Reino Unido e hoje está em 36 países. Ao todo, das cerca de 900 empresas que participaram do  Elite, já saíram mais de 20 IPos, 50 emissões de bonds e perto de 700 operações de private equity ou fusões e aquisições.

À frente do projeto no Brasil está Eduardo Campos, diretor de desenvolvimento de negócios do IDMC, que conta que a ideia é fazer com que as empresas coloquem o mercado de capitais em seus planos.

O programa dura 18 meses e  inclui workshops educacionais que somam 132 horas com conteúdo sobre os mercados de capitais e mentorias, em que o Elite procura colocar as companhias em contato com melhores  alternativas e assessores financeiros.

No Brasil, a primeira turma já está na metade do processo e foi formada em  Belo Horizonte. São dez empresas participantes. “Três delas já estão emitindo dívida estruturada e  a expectativa é que comecem a avaliar também debêntures ou ações”, disse.

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Em novembro, devem começar a segunda turma, também em  Minas Gerais. Para 2019, o Elite começa a se espalhar pelo país, com quatro novos polos, começando por Joinvile (SC) e Recife; e depois  Rio e São Paulo. A meta é cuidar de 50 empresas até o ano que vem.

Conexão com investidores europeus

Campos diz que as empresas do programa têm acesso facilitado à bolsa londrina, mas  direcioná-las  para a LSE não é exatamente a única opção. O trabalho, ele explica, é fazer uma aproximação das empresas que participam dos processos em todos os países e de apresentá-las aos investidores europeus: sejam estratégicos ou private equities.  Há ainda o Elite Club Deal, em que as empresas fecham operações entre si. E, obviamente,  o AIM, mercado de acesso da LSE, que aceita captações ao redor dos R$ 50 milhões.

Para fazer parte do programa, a empresa precisa contatar o IDMC e fazer uma avaliação sobre seu estágio e possibilidade de acesso ao mercado. A demanda das companhias tem ajudado o grupo a escolher os próximos polos, diz Campos. O faturamento médio das empresas  empresas que estão fazendo o processo é de  R$ 400 milhões, mas o grupo atual vai de R$ 50 milhões a R$ 2 bilhões.

" Temos muita preocupação em acessar companhias fora do eixo Rio  e São Paulo. A meta é  democratizar o acesso do mercado a companhias de todo o país", diz.

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