O Banco do Brasil vem negociando com corretoras e bancos estrangeiros a criação de uma corretora de investimentos. A informação foi publicada pelo colunista Lauro Jardim, de "O Globo", e confirmada pelo "Estado de S. Paulo" desta segunda-feira, 22.
Com isso, a instituição quer reforçar sua estrutura de mercados de capitais além de separar o banco de investimentos do restante da operação, ainda segundo o jornal. A estatal nunca teve uma corretora de valores mobiliários. Os concorrentes já mantêm operações independentes: o Bradesco tem o BBI e o Itaú Unibanco, o BBA.
Estariam entre os possíveis parceiros internacionais o suíço UBS e os norte-americanos Citibank e Goldman Sachs.
Questões burocráticas
Essa iniciativa esbarra, no entanto, em questões burocráticas, como a possibilidade de usar uma estrutura de cargos e salários diferente da adotada no BB, o que exigiria aval do Tribunal de Contas da União (TCU). Isso pode justificar inclusive, segundo um dos executivos ouvidos, o avanço da segunda opção, que é criar uma corretora em sociedade com um banco estrangeiro.
A ideia da atual gestão do BB era reforçar a estrutura de mercado de capitais do banco até dezembro, antes do próximo governo assumir, o que poderia levar a uma mudança no time da instituição, já que o presidente da República é responsável por nomear a alta cúpula de empresas estatais.
Procuradas, as instituições não comentaram o assunto.
*Com Estadão Conteúdo