🔴 [EVENTO GRATUITO] MACRO SUMMIT 2024 – FAÇA A SUA INSCRIÇÃO

Cotações por TradingView
Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

Semana com feriado divide expectativa por reforma e guerra comercial

Mês de abril vai chegando ao fim com reforma da Previdência e guerra comercial ainda dominando a pauta do mercado financeiro

Olivia Bulla
Olivia Bulla
29 de abril de 2019
5:34 - atualizado às 6:17
expectativareforma
Brasília deve ficar esvaziada nesta semana por causa do feriado na quarta-feira

Os últimos de abril seguem com velhos temas ainda dominando a pauta do mercado financeiro. Enquanto lá fora é grande a expectativa por novidades em torno da guerra comercial, com uma nova visita da delegação dos Estados Unidos à China nesta semana; por aqui, as atenções seguem concentradas em Brasília.

Durante o fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro recebeu o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, no Palácio da Alvorada, para tratar da reforma da Previdência. Foram dois encontros, um no sábado, durante uma festa de aniversário, e outro no domingo, em um compromisso fora da agenda oficial.

No entanto, foi a primeira vez que Bolsonaro e Maia estiveram juntos desde a aprovação do texto de novas regras para aposentadoria, com alterações, na CCJ. O encontro também ocorreu após recados públicos de Maia ao presidente sobre a articulação política e de críticas aos filhos de Bolsonaro - as quais o presidente classificou de “fake news”.

Cronograma apertado

Ainda assim, nenhuma sessão deliberativa ou debate sobre a reforma da Previdência são esperados para esta semana na Câmara. O feriado na quarta-feira esvazia o Congresso e o calendário com um cronograma de trabalhos na comissão especial deve ser definido amanhã. A previsão é de que a pauta chegue ao plenário da Casa para análise até julho.

Segundo líderes do Centrão, a tramitação da reforma não irá ocorrer dentro do prazo estipulado pelo governo. A intenção dos partidos de centro e de direita é de promover as discussões, com a ajuda da equipe econômica para afinar o discurso, de modo a angariar os votos necessários durante o processo para aprovar a reforma, em dois turnos.

Enquanto os deputados não têm pressa, as centrais sindicais querem aproveitar o 1º de Maio para protestar contra a reforma da Previdência. O tema motivou uma união inédita na história do sindicalismo nacional. Ao todo, dez centrais sindicais irão se reunir no Dia do Trabalhador sobre o mesmo palanque, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.

Ou seja, a reforma da Previdência pode ter contratempos nos próximos dias, deixando o mercado doméstico mais vulnerável à cena política local. A volatilidade tende a prevalecer nos ativos locais, deixando o Ibovespa e o dólar sem tendência definida no curto prazo. Afinal, o investidor esperava um cenário mais otimista do que esse que a realidade mostra.

Exterior em espera

Já nos mercados internacionais, os ativos têm um desempenho misto, em uma semana repleta de feriados. A Bolsa do Japão permaneceu fechada hoje e ficará assim pelos próximos dez dias para celebrar a ascensão do príncipe herdeiro Naruhito, que se tornará imperado em 1º de Maio.

Nos demais mercados asiáticos, houve alta em Hong Kong (+1%), Índia (+0,9%) e Cingapura (+1,6%), enquanto Xangai caiu 0,8%. Na Oceania, a Bolsa de Sydney também recuou 0,4%. As atenções nos negócios ficarão divididas entre os indicadores econômicos conhecidos na semana passada e os eventos previstos para os próximos dias.

Enquanto os números robustos sobre o crescimento da economia norte-americana no primeiro trimestre deste ano tentam animar os mercados, os investidores monitoram uma nova rodada de negociações entre Estados Unidos e China sobre a questão comercial, a partir de amanhã, em Pequim. No dia seguinte, o Federal Reserve decide sobre os juros nos EUA.

Os índices futuros das bolsas de Nova York ensaiam ganhos nesta manhã, ainda embalados pela expansão de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA nos três primeiros meses de 2019. O número ficou acima das expectativas, mas pode ser revisado nas próximas leituras, já que houve um aumento dos estoques e queda nas importações.

Aliás, é grande a expectativa pelo novo encontro entre EUA e China para tratar da questão comercial. É a décima vez, desde que a trégua tarifária foi assinada, em dezembro, que as delegações dos dois países se reúnem. Temas relacionados à tecnologia e ao protecionismo continuam travando as negociações.

Embora ambos os lados estejam ansiosos para chegar a um consenso, existe a possibilidade de o presidente norte-americano, Donald Trump, abandonar as conversas, caso ele não esteja satisfeito com o andamento das negociações. Por outro lado, há a expectativa de que um acordo final seja assinado na virada de maio para junho.

Já na Europa, as principais bolsas tentam acompanhar o sinal positivo vindo de Wall Street. A exceção fica com Madri, que tem leves perdas, após a vitória do partido do atual governo da Espanha, que conseguiu o maior número de cadeiras no Parlamento, mas que precisará formar uma coalizão para governar.

Em reação, o euro está de lado, ao passo que o dólar se mantém firme, em meio ao otimismo com a economia dos EUA e às apostas em relação ao Fed. Nos demais mercados, o petróleo é negociado no menor nível em mais de três semanas, diante das pressões de Washington sobre o preço do barril da commodity.

Feriado não impede agenda forte

Nem mesmo o feriado pelo Dia do Trabalho na quarta-feira no Brasil e em vários países do mundo impede uma agenda econômica carregada nesta semana. Até porque a data não é celebrada nos EUA e será marcada pela decisão de juros do Fed. O evento será seguido de uma entrevista coletiva do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell.

No dia seguinte, na quinta-feira, é a vez do Banco Central da Inglaterra decidir sobre a política monetária, mas o imbróglio sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) deve deixar o BoE de mãos atadas. Já na sexta-feira, os EUA divulgam o relatório oficial sobre o emprego (payroll). Na quarta-feira, saem as vagas no setor privado do país (ADP).

Dados de atividade também estão em destaque ao longo da semana. Amanhã, a zona do euro publica a leitura preliminar do Produto Interno Bruto (PIB) na região no início desta ano. Na China, será conhecido o desempenho dos setores industrial e de serviços em abril, hoje à noite e quinta-feira, enquanto no Brasil o resultado da indústria sai na sexta-feira.

Outro ponto de relevo na agenda doméstica é os dados atualizados sobre o desemprego no país até março, amanhã. Hoje, merecem atenção a inflação pelo IGP-M neste mês (8h) e o boletim Focus (8h25), que pode trazer revisões do mercado financeiro para os preços ao consumidor e a atividade econômica neste ano.

Na safra brasileira de balanços, os bancos Santader e Itaú publicam seus resultados financeiros nos três primeiros meses de 2019, amanhã e quinta-feira, respectivamente.

No exterior, hoje saem dados dos EUA sobre a renda pessoal e os gastos com consumo em março, às 9h30, além do índice de preços PCE. Qualquer leitura fraca sobre a inflação pode levar os investidores a apostarem em uma queda na taxa de juros norte-americano neste ano. A curva implícita já projeta 50% de chance de corte em setembro.

Se essa possibilidade ganhar força, pode ser o ingrediente que o mercado financeiro precisa para engatar um novo rali, apesar das incertezas em relação à reforma da Previdência e à guerra comercial. Nesse caso, é a liquidez global que irá, mais uma vez, ditar o rumo dos ativos de risco. A conferir.

Compartilhe

BRIGA PELO TRONO GRELHADO

Acionistas da Zamp (BKBR3) recusam-se a ceder a coroa do Burger King ao Mubadala; veja quem rejeitou a nova oferta

21 de setembro de 2022 - 8:01

Detentores de 22,5% do capital da Zamp (BKBR3) já rechaçaram a nova investida do Mubadala, fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana segue sendo o elefante na sala e Ibovespa cai abaixo dos 110 mil pontos; dólar vai a R$ 5,23

15 de setembro de 2022 - 19:12

O Ibovespa acompanhou o mau humor das bolsas internacionais e segue no aguardo dos próximos passos do Fed

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Cautela prevalece e bolsas internacionais acompanham bateria de dados dos EUA hoje; Ibovespa aguarda prévia do PIB

15 de setembro de 2022 - 7:42

As bolsas no exterior tentam emplacar alta, mas os ganhos são limitados pela cautela internacional

FECHAMENTO DO DIA

Wall Street se recupera, mas Ibovespa cai com varejo fraco; dólar vai a R$ 5,17

14 de setembro de 2022 - 18:34

O Ibovespa não conseguiu acompanhar a recuperação das bolsas americanas. Isso porque dados do varejo e um desempenho negativo do setor de mineração e siderurgia pesaram sobre o índice.

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Depois de dia ‘sangrento’, bolsas internacionais ampliam quedas e NY busca reverter prejuízo; Ibovespa acompanha dados do varejo

14 de setembro de 2022 - 7:44

Os futuros de Nova York são os únicos que tentam emplacar o tom positivo após registrarem quedas de até 5% no pregão de ontem

FECHAMENTO DO DIA

Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed

13 de setembro de 2022 - 19:01

Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco

De olho na bolsa

Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições

13 de setembro de 2022 - 7:37

Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão

DANÇA DAS CADEIRAS

CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa

12 de setembro de 2022 - 19:45

Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim

FECHAMENTO DO DIA

Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09

12 de setembro de 2022 - 18:04

O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta

novo rei?

O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)

12 de setembro de 2022 - 11:12

Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies