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Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

Mercado monitora riscos com cautela

Sentimento positivo com a cena política local é testado, enquanto perspectiva de acordo comercial entre EUA e China diminui a cada dia

Olivia Bulla
Olivia Bulla
23 de maio de 2019
5:38 - atualizado às 6:31
mercado monitora riscos
Incertezas devem manter dólar ao redor de R$ 4,00 e Ibovespa afastado dos 100 mil pontos

O sentimento mais positivo com a cena política interna, em meio à disposição dos deputados em avançar com a agenda do governo, é colocado à prova hoje no mercado financeiro, após a derrota imposta pela Câmara. Os deputados aprovaram a redução do número de ministérios, como queria o Palácio do Planalto, mas devolveram o Coaf à Economia, tirando o órgão que atua no combate à lavagem de dinheiro das mãos do ministro Sergio Moro (Justiça).

Até então, os investidores estavam mais otimistas com o ambiente em Brasília, em meio à votação de medidas provisórias (MP) que corriam o risco de caducar nos próximos dias e algumas outras propostas, como a reforma tributária. A percepção é de que a pauta do governo no Congresso começou a caminhar, apesar das rusgas entre Executivo e Legislativo, diante do receio dos parlamentares de repercussões negativas nas manifestações de domingo.

Deputados e senadores não querem ficar com a pecha de que estão jogando contra o país. E cada pequeno avanço em Brasília renova a confiança do investidor na aprovação de uma reforma da Previdência potente. A economia de R$ 1 trilhão em dez anos aos cofres públicos continua sendo o objetivo central do ministro Paulo Guedes, que ainda não desistiu do regime de capitalização.

Mas a cautela ainda persiste. Passado o tsunami político e apesar da melhora do clima no Planalto Central nos últimos dias, o cenário segue sujeito a trovoadas. Ontem, foi o panorama externo que voltou a azedar e hoje o mercado internacional segue sem contribuir para uma melhora adicional dos ativos locais, o que tende a deixar o dólar rondando acima de R$ 4,00 e o Ibovespa orbitando ao redor dos 95 mil pontos.

Guerra sem fim

A guerra comercial entre Estados Unidos e China entrou no segundo estágio, adentrando no setor de tecnologia, e os investidores se preparam para um conflito mais duradouro entre as duas maiores economias do mundo. Esse impasse mais prolongado inibe o apetite por risco e a amplia a busca por proteção, ajustando os preços dos ativos.

Segundo especialistas ligados ao governo chinês, Washington e Pequim parecem estar presos a um ciclo de “conversas e brigas” que pode durar anos, com cada um dos lados testando as intenções estratégicas, o que dificulta um consenso. Para eles, a relação entre os dois países deve primeiro piorar mais, antes de começar a melhorar.

Assim o período mais difícil ainda estaria por vir e pode ter início na próxima década, logo após o resultado das eleições presidenciais norte-americanas - ainda mais se Donald Trump for reeleito. Tal perspectiva tende a frear ainda mais o ímpeto da economia global, que já está em ritmo de desaceleração, ao mesmo tempo em que pode elevar os custos de produtos aos consumidores, gerando inflação. Por isso, o Federal Reserve reiterou a paciência na condução da taxa de juros nos EUA.

Aos poucos, o mercado financeiro vai entendendo, então, que as imposições de Washington não vão terminar, elevando os riscos de retaliação por parte de Pequim e minando as chances de um acordo entre os dois países no curto prazo. A perspectiva de uma rápida conclusão das atuais tensões diminuíram e a cautela cresce. Afinal, como dito aqui várias vezes, a disputa está longe de ser apenas uma questão de comércio bilateral....

Com isso, o sinal negativo prevaleceu nos mercados asiáticos, com queda de mais de 1% em Xangai e em Hong Kong, e se espalha para os negócios no Ocidente. Os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram no vermelho, o que contamina a abertura do pregão europeu.

Já o dólar se fortalece, notadamente em relação à libra esterlina, diante das incertezas em torno do Brexit, neste dia de eleição para a formação do Parlamento Europeu - a qual o Reino Unido queria ter evitado participar. Nas commodities, o petróleo se enfraquece e ouro está de lado.

Agenda segue fraca

A agenda econômica desta quinta-feira segue fraca, apesar de estar repleta de indicadores econômicos. No Brasil, merece atenção o índice de confiança do consumidor em maio (8h), que pode indicar a avaliação do cidadão em relação às condições financeiras, à intenção de compras e ao cenário político-econômico do país.

No exterior, saem dados sobre a atividade nos setores industrial e de serviços nos EUA e na zona do euro, ao longo da manhã. Também na região da moeda única, será conhecido o índice de confiança do empresário alemão e o Banco Central Europeu (BCE) publica a ata da última reunião de política monetária.

Ainda no calendário norte-americano, saem os pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos no país (9h30) e dados sobre as vendas de imóveis novos no país em abril (11h).

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